18/08/2012

Mais coisas de Coimbra, quarta-feira, 30 de Junho de 2010 - IDEÁRIO DE COIMBRA - 29

© Forest of Beech Trees - Klimt


Dou-te íris.
Vem daí um pouco.
Vamos ao Abadia ter calor, vem.
Ensino-te as ruas.
Tu ensinas-me o nome das árvores.
Sabes tu que tenho feito?
Desconhecedor dos nomes delas,
atribuo-lhes nomes de meninas:
estas três em frente ao Viaduto são
a Raquel, a Magda e a Hermínia;
a que às seis da manhã tinha um único pássaro,
perto da casa do cirurgião Manuel Antunes,
é a Natércia;
uma que uma vez trepei para que
o céu não fosse tão desumanamente longe,
essa ainda se chama Genciana.
No Choupal, claro, é uma alegria, são tantas
como as horas de uma vida, tantas, tontas, tintas, chamam-se algumas:
Brígida (do lado do bufete onde servem cerveja preta e ovos cozidos), Lenamar (já quase-quase na Quinta dos Borges), Ricardina, Olava, Nefertiti, Glúmida, Fernanda, Genciana-B, Ferrina, Bembeija, CosiFanTutti, Canina, Derília-Santos, Rítzia, Unida, Para-Sempre, Como-Nunca, Atéquefina, Mandarina, Leocádia, Literária, Nãossucede, Cáspia, Marmorta, Saudade, Genciana-C, Minhamãe, Doutíris, Daípouca, Abadia, Abanoite, Terrível, Pepita, Népia, Tercina, Apogiatura, Peneirita, Esfalfa, AdministraçãoRegionalVerde-Rubra, Semproutonal, Celorica, Ribeirapenata, Saramagente, Lívia, Múria, Naifininfa, Tomásia, Tatacha, Nectorangina, Limonetista, Ametriste, Circunvalada, Tentugalina, Sgra, Amorfa, Cortazariana, Redesprés, Egípcia, Prumosa, Rossaya, Lodimartineza, Aspília, Monteformosa, Cerúlea, Tantatontatinta, Natália, Sofista, Crúzia, Rebentação-de-Pó-de-Flor, Certa (também ao lado, mas do outro, do bufete onde servem cerveja  cozida e ovos pretos), Darda, Si, Josécídica, Dona-Lucínia, Rica, Rickygerveza, Tulimane, Inca, Iça, Quadrata, Caracola, Remanesgente, Prurida, Leixamira, Cumália, Beltina, Cetetê, Leoferriana, Frigorífica, Matatenentista, Juraquessim, Tássememaver, Horasdumavida, Queiroziana, Simónica, Mónica, Única, Betraste, Eduardiana, Noronha, Gustante, Ristra, Rubéola, Raquel-B, Magda-B & Hermínia-B.

(Pois que, não podendo versos, posso árvores.) 

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Canzoada Assaltante