19/08/2012

IDEÁRIO DE COIMBRA - 33 (fragmento com Pessoa dentro)




Não se sabe se determinada carta de Pessoa a Camilo Pessanha chegou ou não a ser enviada e recebida. Data possível: 1915. De um gigante para outro, o mimo do reconhecimento: Fernando gostava muito da poesia de Camilo – e disse-(lh)o. Estiveram juntos, pelo menos, duas vezes, em Lisboa, no “Suíço”. Pessanha leu versos seus a Pessoa. O que eu não daria para ser mosca nessas duas ocasiões! Já em outra carta, mas esta para Mário de Sá-Carneiro, datada de Lisboa, 14 de Março de 1916 (ano do suicídio em Paris do destinatário), Pessoa escreve:

Há barcos para muitos portos, mas nenhum para a vida não doer, nem há desembarque onde se esqueça.

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Canzoada Assaltante