07/02/2010

Beleza das Cores na Ignição Fria da Verdade

Souto, Casa, madrugada de 7 de Fevereiro de 2010



Apesar de tudo, actor e erector de uma casa de papel com portas, janela, telhado e chaminé de tinta.
De cores, palavras novas na mão:
amarelírio,
verdestar,
rubrotar,
negregário,
perlazul,
roxímano,
fobiocre,
rosastro.
Apesar de tudo, estas cores na ignição fria da noite, o duro lápis bicando o chão do livro.
Uma árvore à porta.
Uma tábua esquecida entre ervas apodrece tão devagar quanto pode – assim nós também.
O tempo que se demora a ser belo e o tempo que a verdade demora – são
siameses,
dias,
séculos.

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Canzoada Assaltante