14/05/2007

Canção Imperial

’quenitos dedos ’ianam ’armonia
das teclas pinga o som sala-senhora
lá fora a street em névoa fria e fria
a si mesma evoca evocadora

entra a senhora Edgar com pastelinhos
acorre Sebastião com dois beijinhos
o chá perfuma a ’stratosfera
espera a criada na sala de ’spera

marfins e dardos pontas de lança
do imperetéreo que não no é mais
molduram do piano a dança
dança das eras imperiais

agora o preto é negro é gente
está tudo tão diferente
não sei sequer senhora que lhe diga
minha amiga minha antiga

não precisam já do teatrinho
comportado à maneira
nem de sandes de pepino
da Ordem da Jarreteira

pretos e brancos – cinza fria
q’o mais é impérioconomia



Caramulo, tarde de 13 de Maio de 2007

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