06/01/2006

Carne ao Sol

(para o Zuca)
A quieta carne um dia
Não amante já, não já fremente
Oca do que a si mesma enchia
E a volvia clara rara alma gente.

Os brancos ossos de teclado
Os escuros dentes comedores
A cava boca onde o fado
Teceu versos enternecedores.

Repousa ilesa a tristeza
Tanta alegria feita pó
Tanta a terra tanta a pobreza
Tanto o oiro e um sol só.



Tondela, tarde de 28 de Dezembro de 2005

8 comentários:

Anónimo disse...

Daniel? o daniel abrunheiro do cenjor? a escrever assim, tens de ser tu :)

Anónimo disse...

bom texto, como habitualmente. Barroco, como éo estilo do autor.
Gostei de ler.
Não havia tb um "canil do daniel"?

Anónimo disse...

Eu cá li a crónica do Lobo Antunes na Visão e pensei assim: Mas isto é o estilo do Daniel...
Caneco, o home qq dia é nobelizável e ainda nem editou sem ser de autor. País do caraças...

Anónimo disse...

Mexeste no poema, meu. Mexeste ou não mexeste?
Está espantoso. A 1ª e a 2ª versão.
Passo aqui todos os dias. Por vezes, mas de uma vez por dia. Vai...

Daniel Abrunheiro disse...

correspondência em dia:
1) do Cenjor, sim.
2) o canil do daniel é este mesmo
3) o Lobo Antunes é um belíssimo cronista
4) mexi no poema, confesso

Anónimo disse...

eu sabia:)
manda notícias para filomenal@hotmail.com
beijinhos

Anónimo disse...

OBRIGADO PELO BRILHO.

Anónimo disse...

estas melhor.... ja esta curou a má deposição... tenho um filme bom para te mandar.. um abraço..x...

Canzoada Assaltante